Sobre o material
No Brasil, uma parte dos pneus inservíveis é reaproveitada de diversas formas, depois de ser moída e separada dos demais componentes do pneu, especialmente do aço, que também é reutilizado. Entre os produtos que reutilizam a borracha estão solados de sapato, materiais de vedação, dutos pluviais, pisos para quadras poliesportivas, pisos industriais e tapetes para automóveis. A borracha moída e separada também é misturada ao asfalto para uso em pavimentação, gerando o asfalto borracha, que apresenta importantes vantagens. A maioria é, no entanto, queimada como combustível alternativo nas indústrias de cimento.
É muito importante que o consumidor tenha a consciência de não levar pneus velhos pra casa. Sempre que comprar um pneu novo, deixe o pneu inservível na loja, que tomará as providências necessárias para que o pneu chegue até algum ponto de coleta.
Informações sobre a reciclagem
Segundo dados da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), através da Reciclanip (entidade gestora do sistema de Logística Reversa de pneus inservíveis), os fabricantes nacionais de pneus destinaram de forma ambientalmente correta 471.124 toneladas de pneus inservíveis, em 2019. Isso equivalente a mais de 50 milhões de pneus de passeio.
Problemas de logística e de fiscalização diminuem o número de pneus que são dispostos adequadamente, segundo informações da indústria.
Uma das formas mais usuais de aplicação dos pneus inservíveis é como combustível alternativo para a indústria de cimento (co-processamento. Também podem ser reutilizados, após sua trituração, como tapetes de automóveis, mangueiras, solas de sapato, asfalto emborrachado, quadras poli-esportivas, pisos industriais etc.
Um pneu é considerado inservível quando não há mais condição de ser utilizado para circulação ou reforma.
Cortados em lascas, os pneus velhos são transformados em pó de borracha, purificado por um sistema de peneiras. O pó é moído até atingir a granulação desejada e, em seguida, pode passar por tratamento químico para possibilitar a desvulcanização da borracha ou somente através de processo mecânico de granulação, peneiras e aspiração que permite um custo bem menor e de menor impacto ambiental que o químico. Em autoclaves giratórios, o material recebe o oxigênio, calor e forte pressão, que provocam o rompimento de sua cadeia molecular. Assim, a borracha é passível de novas formulações. Ela sofre um refino mecânico, ganhando viscosidade, para depois ser prensada. No final do processo, o material ganha a forma de fardos de borracha regenerada. Eles são misturados com outros ingredientes químicos para formar uma massa de borracha que é moldada ao passar por uma calandra e um gabarito. Numa bateria de prensas, a borracha é vulcanizada, formando os produtos finais, como tapetes de carro.
Para saber onde levar pneus inservíveis é só consultar a lista com todos os pontos de coleta que está no site www.reciclanip.com.br.
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